Julho 27

O que é um safári | Da caça à conservação

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Por Nathalia Marangoni em
Julho 27, 2017

O que é um safári? Ao longo do século XX, o safári foi retratado na cultura popular por meio de histórias de aventura e romance. Mas o que vemos em filmes raramente refletem a realidade e, a menos que tenham tido a experiência em primeira mão, poucos podem definir exatamente o que um safári significa nos dias hoje. Dito isto, o conteúdo a seguir levará você a uma viagem pela história para entender a origem do termo e seu atual significado.

As origens do safári

Caravana de viajeros en camellos

“Safári” significa “viagem”, palavra que tem origem na língua swahili e é derivada do árabe. Claramente, esta definição original não se referia ao conceito de safári ao qual o termo agora está associado. Na verdade, os primeiros safáris de que se tem registro ocorreram no século XVIII e tinham um foco essencialmente comercial.

Safári na era colonial

No final do século XIX, naturalistas e exploradores como William John Burchell, Thomas Ayres e Gustav Adolf Fischer redefiniram o propósito do safári com suas lendárias expedições que visavam estudar a vida selvagem africana. Infelizmente, junto a estes grandes cientistas também surgiram os caçadores e, durante a era colonial, a palavra safári começou a ser empregada para nomear excursões destinadas à caça de animais.

Mais tarde, personalidades como o escritor Ernest Hemingway e o presidente Teddy Roosevelt popularizaram o uso da palavra na cultura popular. Na verdade, Roosevelt embarcou em um safári de enormes proporções com o objetivo de encher o agora Museu Nacional de História Natural com espécies africanas. Mais de 11.000 animais foram sacrificados nesta excursão, sendo quinhentos deles grandes espécies como elefantes, leões, leopardos, búfalos e rinocerontes.

El presidente Roosevelt posando junto a un elefante durante un safari

A era da conservação e do safári fotográfico

Depois de décadas exterminando majestosas espécies que habitam o continente, os proprietários das terras em que aconteciam essas expedições finalmentep erceberam que durante todo esse tempo, haviam sacrificado suas maiores riquezas. Conscientes de seus erros, eles encontraram uma solução no turismo susntetável e a era dos grandes caçadores abriu caminho para a era da conservação e do safári fotográfico.

Imagem: Londolozi Varty Camp

Nos dias de hoje, uma viagem de safári na África envolve a observação de animais em uma área protegida, como por exemplo, uma reserva de animais ou um parque nacional.

O safári e turismo responsável

As conotações de safári relativas à caça estão sendo rapidamente substituídas por parcerias mais modernas com o turismo responsável. Em sua maioria, os safári se transformaram em viagens que beneficiam a vida selvagem da África. Os visitantes têm a oportunidade de admirar estas espécies em seu habitat natural e, ao mesmo tempo, ajudar a protegê-las contribuindo direta e indiretamente com projetos de conservação realizados pela maioria dos parques e reservas.

Naturalistas trabajan con un buitre

O safári moderno também é uma viagem desenvolvida para promover a interação ética com as comunidades locais, gerando um impacto positivo em sua qualidade de vida. Estas comunidades se beneficiam do turismo sustentável por meio da geração de empregos e a venda de seus produtos e serviços. Além disso, algumas empresas de safári apoiam diretamente projetos de empoderamento social, enquanto outras fazem uso de lodges, reservas e outros estabelecimentos que auxiliam comunidades locais.

O safári moderno: una experiência multifacetada

Um safári africano tradicional tem como foco observar e fotografar a vida selvagem, mas não só isso: o safári do século XXI pode mesclar encontros com a vida selvagem com uma variedade de experiências fascinantes – desde passeios culturais e aulas de astronomia até sessões de ioga e massagem em meio à natureza.

Familia interactua con un grupo de masáis en Kenia
Imagem: andBeyond Kichwa Tembo Tented Camp

Além disso, o safári moderno pode ser adaptado a variados parâmetros tais como modalidade, orçamento, tempo, local e atividades pretendidas. Seja percorrendo a savana sul-africana em uma Land Rover, navegando pelos canais do Delta do Okavango de mokoro, seguindo a Grande Migração a bordo de um balão de ar quente sobre as planícies da Tanzânia ou rastreando gorilas a pé nos parques nacionais de Uganda e Ruanda, as opções de safári moderno são tão vastas como o próprio continente africano.

Safari en mokoro por el delta del Okavango

Uma aventura de safári pode variar de uma pequena pausa durante o fim de semana para uma reserva de animais até a uma épica odisséia pelo continente durando vários meses e países.

E o que dizer da hospedagem? Durante um safári, os viajantes podem tanto dormir em uma tenda rústica sob as estrelas, como se hospedar em um lodge privado com mordomo, chef e guia particular incluídos.

Mujer observando una manada de elefantes desde terraza
Imagem: Londolozi Private Granite Suites

Da mesma forma, um safári não é reservado apenas para aventureiros e viajantes veteranos – praticamente qualquer pessoa pode desfrutar de um safári ao estilo de sua preferência. Tanto casais que procuram um destino inusitado para sua lua de mel como famílias que querem compartilhar memórias inesquecíveis encontrarão uma modalide de safári sob medida nos confins deste continente extraordinário.

Como você pode perceber, a experiência de safári está ganhando uma nova reputação, livrando-se das antigas conotações relacionadas à caça e amadurecendo como um estilo de viagem responsável e benéfico para a África. Sem dúvida, “leve apenas fotografias e deixe apenas pegadas” é cada vez mais o lema mais apto para o novo conceito de safári fotográfico.

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Imagem principal: Londolozi Varty Lodge


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Sobre o autor

Nathalia Marangoni

Nascida e criada na cidade mais populosa da América Latina, São Paulo, Nathalia tinha 13 anos quando ouviu pela primeira sobre Cape Town em um programa de TV. Depois de estudar Jornalismo, ela trabalhou por alguns anos em uma ONG dedicada ao empoderamento e empreendedorismo feminino, o que lhe permitiu viajar por diferentes regiões do Brasil, entrevistando e fotografando mulheres muito fortes. A experiência levou Nathalia a se sentir confiante o suficiente para se mudar de sua cidade natal e, finalmente, ver Cape Town com seus próprios olhos: um desejo antigo que dividiu águas em sua vida.

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