Setembro 14

“Baby 5” | Curiosidades sobre os filhotes dos Big 5

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Por Nathalia Marangoni em
Setembro 14, 2017

Se você acompanha nosso blog ou gosta de safári, já deve conhecer os “Big 5”, os animais mais perigosos a serem encontradas a pé: leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte. Mas que tal conhecermos um pouco mais sobre a versão mini dessas indomadas criaturas: os filhotes dos “Big 5”? Ou seria melhor chamá-los de Baby 5?

Assim como crianças, filhotes animais dão seus primeiros passos no mundo com encantamento e curiosidade. Ainda que ingênuos, parecem verdadeiramente felizes ao brincarem na natureza, desbravando cada pedaço dela e imitando seus companheiros de espécie. Em alguns destinos de safári, é possível observá-los de perto em seu habitat natural. Conheça abaixo algumas curiosidades sobre os filhotes dos “Big 5”!

Leopardos

Filhotes de leopardo em Londolozi
Foto: Londolozi

Quando recém-nascidos, os leopardos são bem diferentes do predador onipotente e solitário que costuma habitar o nosso imaginário: são extremamente vulneráveis e relativamente subdesenvolvidos, por conta de um período curto de gestação.

Nascem cegos e apenas abrem seus olhos quando atingem 10 dias de idade. Até os 3 meses, consumem apenas leite materno e, depois, migram para uma dieta carnívora. Para protegê-los, suas mães os levam, a cada dois dias, para lugares diferentes, afastando-os de potenciais predadores.

Ficam com suas mães por cerca de dois anos, período no qual aprendem a caçar. Assim que aprendem o ofício, dizem adeus e vivem uma vida solitária, como a maioria dos grandes felinos.

Leões

Filho de leão em Londolozi
Foto: David Dampier – Londolozi

Diferentemente da maioria dos grandes felinos, os leões são animais sociais e se beneficiam de um sistema de caça  colaborativo para garantir sua sobrevivência e soberania na mata. No entanto, quando é hora de dar à luz, as leoas são intuitivas e decidem se afastar da alcateia para se dedicar ao cuidado de seus pequenos.

A cada parto, nascem entre 2 a 6 filhotes, que começam a consumir a carne caçada por suas mães quando completam 3 meses de idade. No entanto, engana-se quem pensa que a vida de um bebê leão é fácil: quando pequenos, não são apenas vulneráveis à ameaça de outros predadores como hienas e leopardos, como também dos próprios leões.  (aliás, você sabia que um em cada oito machos da espécie consegue chegar à vida adulta?)

Isto porque, quando uma nova coalisão masculina toma o poder sobre uma alcateia e expulsa seus machos, ela decide matar os filhotes para garantir que as fêmeas do grupo voltem a ficar férteis, já que só retornam ao período de acasalamento quando seus pequenos atingem 18 meses de idade.

Filhotes mais velhos têm a chance de sobreviver, caso consigam escapar. Seguindo seu instinto materno, as leoas costumam acompanhar os filhotes sobreviventes por algum tempo e depois retornam à alcateia. O infanticídio entre leões é um dos motivos pelo qual as leoas adotam um estilo de vida solidário, vivendo de forma cooperativa para garantir a proteção de seus filhotes.

Elefantes

Filhote de elefante, Reserva Nacional Samburu, Quênia
Foto: Robert Winslow

Um bebê elefante chega ao mundo pesando em torno de 113 quilos e 1 metro de altura – 99% dos filhotes nascem à noite. Apesar de não conseguirem enxergar, reconhecem suas mães pelo toque, odor e som. São amamentados por dois anos ou mais e podem consumir até 11 litros de leite por dia.

Quando completam 4 meses, iniciam sua dieta herbívora, mas continuam a precisar do leite materno, podendo consumi-lo por até 10 anos de idade. Quando pequenos, não sabem muito bem o que fazer com suas trompas e costumam chupá-las como um bebê humano chupa o dedo. Entre 6 e 8 meses de idade, começam a usá-la para beber água e se alimentar.

Búfalos

Filho de búfalo-do-cabo caminhando
Foto: Travels with Nic and Rob

Conhecido em português como búfalo-do-cabo ou búfalo-africano, o Cape Buffalo é bem diferente dos leões e leopardos quando chegam ao mundo: os filhotinhos deste bovino cheio de personalidade conseguem correr junto com seu rebanho apenas uma hora depois do seu nascimento!

Os pequenos nascem com manchas na cabeça chamadababs de “botões”, que darão espaço a futuros chifres. As fêmeas mantêm vínculo com suas mães, mesmo depois de serem cuidadas por elas durante três anos. Já os filhotes machos costumam se dispersar em meio ao rebanho principal de búfalos após este período.

Ainda que sejam herbívoros, os búfalos-africanos são conhecidos por serem extremamente agressivos, podendo se vingar de seus principais inimigos quando menos se espera. Não é à toa que ele costuma ser considerado o animal mais perigoso e fatal dos “Big 5” a ser encontra do a pé, o que lhe rende apelidos como “Black Death” (Morte Negra) ou “Widowmaker” (Fabricante de Viúvas).

Rinocerontes

Filhote de rinoceronte em Taronga
Foto: Rick Stevens

Depois de 16 meses na barriga de suas mães, os filhotes de rinocerontes chegam ao mundo pensando entre 40 a 64 kg. As mamães rinocerontes têm um filhote por vez e, de vez em quando, dão à luz a gêmeos.

As fêmeas são altamente protetivas e cuidam inteiramente dos filhotes até os 3 anos de idade – alguns deles, podem ficar com as mães até a chegada de um segundo irmão ou irmã. Depois deste período, os rinocerontes passam a viver sozinhos, podendo chegar aos 45 anos de idade.

Apesar de não conviverem com outros animais de sua espécie, os rinocerontes não se importam com a companhia dos pássaros. Isto porque, certas aves nutrem uma relação um pouco complexa com eles: algumas espécies como a oxpecker sentam nas costas do rinoceronte para comer insetos e remover carrapatos, bem como os avisam quando há algum perigo nas proximidades.

Ainda que a relação seja amistosa e até há algum tempo tenha sido considerada “mutualista”, cientistas debatem que as aves oxpeckers, na verdade, agem de forma similar a um parasita, já que acabam provocando sangramentos no animal ao retirar os carrapatos e se beneficiam desta relação, já que se alimentam da carne e sangue de alguns ferimentos que provocam.


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Sobre o autor

Nathalia Marangoni

Nascida e criada na cidade mais populosa da América Latina, São Paulo, Nathalia tinha 13 anos quando ouviu pela primeira sobre Cape Town em um programa de TV. Depois de estudar Jornalismo, ela trabalhou por alguns anos em uma ONG dedicada ao empoderamento e empreendedorismo feminino, o que lhe permitiu viajar por diferentes regiões do Brasil, entrevistando e fotografando mulheres muito fortes. A experiência levou Nathalia a se sentir confiante o suficiente para se mudar de sua cidade natal e, finalmente, ver Cape Town com seus próprios olhos: um desejo antigo que dividiu águas em sua vida.

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