“Uma manada de impalas – uma das espécies mais comuns de antílopes africanos – pasta pacificamente num vale exuberante. De repente, o vento muda de direção, trazendo um cheiro novo, mas familiar. Os impalas sentem o perigo no ar e ficam imediatamente tensos e alertas, prontos para correr ao menor sinal. Eles cheiram o ar, olham e escutam com cuidado por alguns momentos, mas quando nenhuma ameaça aparece, os animais voltam a pastar, relaxados mas ainda vigilantes.
Sentindo o momento, um chita, que estava à espreita, salta de seu esconderijo no matagal denso. Como se fosse um só organismo, a manada dirige-se rapidamente na direção de moitas protetoras na extremidade do vale. Um jovem impala titubeia por meio segundo, e então se recupera. Mas é tarde demais. Como uma mancha, o chita dá o bote na direção de sua vítima, e a caça acontece na surpreendente velocidade de 90 a 100 quilômetros por hora.
No momento do contato (ou logo antes dele), o jovem impala cai no chão, rendendo-se à morte iminente. Mas ele pode não estar ferido ainda. O animal, imóvel como pedra, não está fingindo estar morto. Ele entrou instintivamente num estado alterado de consciência compartilhado por todos os mamíferos quando a morte parece iminente. Muitos povos indígenas encaram este fenômeno como uma entrega do espírito da presa ao predador; o que, de certo modo, é.”
O trecho acima foi retirado de “O Despertar do Tigre – Curando o Trauma”, livro de Peter A. Levine, psicólogo contemporâneo especializado em trauma e estresse. Bem como os antílopes, seres humanos podem entrar em um estado alterado de resposta de “imobilidade” ou de “congelamento” – uma das três respostas primárias disponíveis a répteis e mamíferos quando estes são confrontados por uma ameaça. No entanto, as outras duas – luta e fuga – são mais familiares para nós.
Embora não sejam os animais mais cobiçados de um safári na África – talvez por serem vistos em grande abundância na maioria das reservas nacionais e concessões privadas – os antílopes exercem fascínio entre estudiosos do comportamento animal – e humano – por sua capacidade de esquecer completamente de episódios traumáticos caso consigam sair deste estado de “congelamento” e sobreviver a uma caçada, o que pode acontecer quando o predador peca por falta de atenção ou está transportando sua presa para um lugar mais seguro, dando tempo o suficiente para que o antílope acorde de seu estado de inconsciência.
Extremamente importantes para a biodiversidade e a manutenção de ecossistemas, eles parecem ter sido “projetados” para fugir do perigo e o estado de “congelamento” citado acima os protege de sentir a dor e o sofrimento inevitáveis ao serem devorados por um chita ou qualquer outro predador. Em celebração a estes saltitantes e resilientes animais, confira abaixo uma lista de diferentes espécies de antílopes africanos:
Gnu
Cabra-de-leque
Inhala
Impala
Palanca-negra
Elande
Cudo
Cobo-de-meia-lua
Cobo-leche
Antílope-salta-rochas
Duiker
Órix
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Nascida e criada na cidade mais populosa da América Latina, São Paulo, Nathalia tinha 13 anos quando ouviu pela primeira sobre Cape Town em um programa de TV. Depois de estudar Jornalismo, ela trabalhou por alguns anos em uma ONG dedicada ao empoderamento e empreendedorismo feminino, o que lhe permitiu viajar por diferentes regiões do Brasil, entrevistando e fotografando mulheres muito fortes. A experiência levou Nathalia a se sentir confiante o suficiente para se mudar de sua cidade natal e, finalmente, ver Cape Town com seus próprios olhos: um desejo antigo que dividiu águas em sua vida.
Informações interessantes, mas a foto do eland não corresponde ao animal que devia aparecer…
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Informações interessantes, mas a foto do eland não corresponde ao animal que devia aparecer…
Oi Marco, obrigada pelo toque 🙂
A foto foi devidamente corrigida.
Site maravilhoso, imagens ilustrativas que traz uma compreensão melhor do assunto.
Eu assino em baixo.
Emocionante conhecer estes antílopes!